A mistura de uma substância chamada polidocanol com o ar resulta em uma microespuma controlada que vem sendo usada por via endovenosa como agente esclerosante no tratamento de varizes. Mas será que essa é a forma mais eficiente de tratar as varizes?
De acordo com a literatura existem complicações decorrentes dessa prática que precisam ser levadas em consideração, como:
A tromboflebite, a mais freqüente
Formação de coágulos
Hipercromia, que causa manchas marrons, em 30% dos casos
Isquemia cerebral transitória
Embolia cardíaca
Trombose venosa profunda
Após o tratamento, é recomendado usar faixa de compressão nas pernas por até 72 horas e evitar a exposição ao sol por, no mínimo, 30 dias.
Qual é o melhor tratamento para as varizes?
A escleroterapia (secagem de vasos) com glicose ou oleato de monoetanolamina e a cirurgia convencional de varizes são métodos consagrados, com resultados conhecidos , baixo índice de complicações e de domínio amplo do cirurgião vascular com titulo de especialista, portanto, opções mais óbvias de se buscar ao tentar combater as varizes.
É importante frisar que não há razões , nem comprovações científicas que justifiquem a utilização de espuma como primeira opção no tratamento das varizes, microvarizes e vasinhos. Não existem trabalhos publicados que comprovem maior eficácia desse método no tratamento das varizes.
O que existem são inúmeros artigos científicos que comprovam as maiores complicações da espuma em comparação a outros tratamentos convencionais. As morbidades , os riscos e as complicações têm significativamente menos incidências no tratamento cirúrgico ou na tradicional secagem de vasos.
Quando usar o tratamento com espuma para varizes?
O tratamento das varizes com espuma somente deverá ser considerado primeira opção em casos excepcionais, como em pacientes que não podem ser submetidos ao tratamento cirúrgico convencional.
Fontes:
RevistaNeurocritCare. 2009;11(2):247-50. Epub 2009 Mar 17.
Martin V. Forlee, FCS(SA), Dublin, Ireland( Revista J VascSurg 2006;43:162-4.)